N ossa experiência remonta a uns 15 anos atrás quando nos entusiasmamos com as primeiras lentes multifocais que surgiram no mercado. Foi uma fase bastante promissora, e inúmeros pacientes se beneficiaram deste avanço, mas aos poucos constatamos, ao lado de diversos cirurgiões norteamericanos como Jack Holladay e outros, que tais cristalinos mereciam sofrer mais aperfeiçoamentos.
Hoje estamos vendo uma nova geração de lentes intraoculares serem disponibilizadas no mercado, como as lentes trifocais, de foco estendido, as novíssimas monofocais com aprimoramento de foco para visão intermediária, e isto nos anima a voltar ao tema, mas observando as suas indicações com a máxima atenção possível.
Sabemos que há pacientes que, possivelmente, não seriam candidatos ideais para receberem tais lentes, e para estes casos a opção da monovisão com lentes monofocais continua sendo uma alternativa perfeita. Temos centenas de pacientes operados desta maneira, e eles relatam extrema satisfação com a acuidade visual alcançada para longe e para perto, prescindindo do uso de óculos na maior parte de tempo. Podem assistir o filme, dirigir, jogar cartas, ler o cardápio, sem necessidade de correção extra.
Mas, sem dúvida alguma, o futuro para estas lentes multifocais se mostra bastante promissor e devemos acompanhar de perto toda esta revolução tecnológica, para dar o melhor atendimento aos nossos pacientes.