Conjuntivites: nem sempre são inócuas

olho-seco
Olho seco: uma nova síndrome?
08/03/2017
lentes-multifocais-em-cirurgia-de-catarata
Lentes multifocais em cirurgia de catarata
08/03/2017
Exibir tudo

Conjuntivites: nem sempre são inócuas

conjuntivite
 

Nem sempre uma conjuntivite é tão inócua como muitos podem pensar. Ao contrário, um quadro muito mais grave conhecido como ceratoconjuntive pode perdurar meses produzindo dor ocular e deixando sequelas visuais graves.


C aracterizada por edema palpebral intenso, fotofobia, lacrimejamento e hemorragia conjuntival, tal conjuntivite levou um grande contingente de trabalhadores a se afastar de seus empregos por períodos que variaram de 3 a 10 dias.

É bom lembrar que a conjuntivite pode ocorrer em qualquer época do ano, de forma isolada, sendo menos comum durante o inverno. Quando se trata da forma viral, pouco pode ser feito para debelar o quadro, que deve ser encarado como uma "gripe nos olhos". O recomendável é repouso, compressas frias de água filtrada, e cuidados para evitar-se que a diminuição das defesas do órgão possa permitir um desdobramento para uma conjuntivite bacteriana, e o que é pior, até com comprometimento da córnea. Este quadro representa uma forma bem mais grave da conjuntivite, e aí seria necessária uma cobertura com antibióticos específicos tanto local quanto sistêmico.


É importante os portadores da doença serem isolados, evitando-se contatos físicos, separar suas toalhas de rosto, banho, lenços, fronhas, e ao menor sinal de incômodo ocular, remover lentes de contato caso o usuário venha a sentir tal desconforto.

O exame ocular deve ser feito logo no início dos sintomas para se ter certeza do diagnóstico e monitorizar a evolução e eventuais desdobramentos da doença.

Sob o rótulo de conjuntivite existem diversas formas da doença : viral, bacteriana, alérgica, traumática, por irradiação ultravioleta, etc. Cabe ao oftalmologista determinar o agente causal e o tratamento específico para cada caso. A automedicação não é aconselhável, e a medicação ideal para um paciente pode não ser a mais indicada para outro.


Dr. Miguel Padilha
Dr. Miguel Padilha
Membro Titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia