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M. C. Escher: o mestre do ilusionismo

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Nem tudo que vemos, retrata exatamente aquilo que o cérebro interpreta. Algumas imagens exigem um esforço para colocá-las dentro de seu espaço e definir o efeito tridimensional que provocam.


I sto significa que o cérebro necessita processar o que vê para que o efeito ilusicionista se ajuste ao real.

Um dos mestres nesta área foi um desenhista ou artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher , que conseguiu transformar em arte estes efeitos bizarros que nos levam a examinar e re examinar por várias vezes os efeitos visuais que ele criava, quase sempre, em preto e branco e semi-tons, tornando quase impossível entender suas construções. Reconhecer estas ilusões são algo que nos provocam momentos de grande felicidade pois disparam uma série de mecanismos sensoriais onde a razão, finalmente, prevalece sobre o imaginário.

 
 

Poucos artistas conseguiram copiá-lo pela dificuldade em reproduzir imagens que transbordavam em efeitos pictóricos que beiravam a total alucinação. Provavelmente Escher seria provido de uma capacidade inata de espelhar imagens tanto na horizontal quanto na vertical com grande facilidade.

Ou esta facilidade teria sido consequência de um longo treinamento visual? Não fica claro para nós, oftalmologistas, como ele dominou tão bem esta verdadeira arte compilada em mais de 450 obras.

 
 

Nascido em 17 de junho de 1898 em Leewarden e falecido em 27 de agosto de 1972 em Hilversum, na Holanda, Escher não era um aluno que se destacava em matemática ou desenho na escola primária. Ao contrário, por conta de uma doença crônica dermatológica, os pais o encaminharam para uma escola onde pudesse receber aulas especiais e, posteriormente, ingressando na Faculdade de Arquitetura, que logo abandonou.



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Só após viajar por vários países europeus, se encantou com o Palácio de Alhambra na Espanha onde se dedicou a estudar os traços e entalhes das peças mouriscas que o encantaram, definindo de vez seu futuro, ao tentar materializar e entrelaçar em seus desenhos imagens de animais e figuras geométricas.

 

Quando jovem havia recebido lições de carpintaria, xilogravura, litografia e, certamente, conhecimentos nestas áreas o ajudaram a materializar seu projeto de se dedicar ao desenho gráfico.

Apreciar suas obras é um processo lúdico que encanta a qualquer observador pelo fascínio de tentar decifrar de que maneira o artista poderia planejar o início e o final de cada um de seus desenhos.

Conhecido como o mestre da metamorfose, Escher pode melhor ser conhecido através deste filme M.C. Escher: Adventures in Perception , sob a direção de Han Van Gelder, script de Hans Locher e Jonne Severijn, numa iniciativa do Ministry of Foreign Affairs (Netherlands) e que traduz o velho jargão: uma imagem vale por mil palavras.

 
 


Dr. Miguel Padilha
Dr. Miguel Padilha
Membro Titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia