A ssim se inicia o capítulo escrito por Miguel Padilha sobre este tema no livro Obstetrícia , já na sua 13ª. Edição publicado pela Gen/Guanabara Koogan dos Professores Carlos Montenegro e Jorge de Rezende Filho.
Algumas são de pequena importância, passando quase desapercebidas e habitualmente desaparecendo logo que termine a gravidez. Outras podem ser bastante graves, como a toxemia gravídica, doença que afetou Beyoncé durante a gravidez e que exige pronta atuação do clínico ou cardiologista juntamente com o obstetra.
Dentre as mais comuns estão aspectos relacionados a fadiga ocular, com alterações dos graus dos óculos, desconforto ao usar lentes de contato, redução significativa da produção de película lacrimal levando a sensação de presença de corpo estranho nos olhos, secura, hiperemia.
O uso de colírios lubrificantes pode ajudar mas qualquer outra medicação deve ser administrada de forma criteriosa para não afetar o futuro bebê.
Nos casos de pré-eclâmpsia ou da própria eclâmpsia, além da elevação da pressão arterial, alterações severas dos vasos retinianos podem levar ao aparecimento de hemorragias e edemas intraretinianos e este quadro deverá ser muito bem avaliado pelo obstetra, podendo determinar a antecipação do parto. A chamada retinopatia toxêmica gravídica deve ser acompanhada pelo oftalmologista através de exames especiais de fundo de olho, com o objetivo de ajudar o obstetra a tomar as decisões possíveis em cada caso.
Durante a gravidez também cuidados e atenção redobrada devem ser tomados em relação a pacientes portadores de alta miopia, glaucoma, uveítes (vide post) e, principalmente, naquelas que tenham histórico de alterações de periferia de retina ou predisposição ao descolamento da mesma.